Uma pesquisa recente revelou que o Rio Grande do Norte é o estado brasileiro onde a população mais se identifica com a esquerda, com 18% dos potiguares se posicionando dessa forma. Esse número é superior à média nacional, que é de 15%. O estado empata com Pernambuco e é seguido por outros estados da região Nordeste.
A pesquisa, que faz parte da 21ª edição do Panorama Político, foi realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding. O levantamento ocorreu entre 5 e 28 de junho de 2024 e ouviu 21.808 brasileiros, sendo 810 deles do Rio Grande do Norte.
Quando questionados sobre a identificação com a direita, 31% dos potiguares se consideram desse espectro, um percentual que supera a média nacional de 29%. O estado que apresenta a maior identificação à direita é Rondônia, com 41%, seguido por Santa Catarina e Paraná, ambos com 37%.
Além das questões ideológicas, a pesquisa também abordou a percepção sobre a influência das fake news nas eleições. Um expressivo 83% dos entrevistados no Rio Grande do Norte acredita que a disseminação de notícias falsas pode impactar significativamente os resultados eleitorais, um índice que é maior do que a média nacional de 81%.
A pesquisa ainda revelou que 76% dos potiguares consideram essencial o controle de fake news nas redes sociais para garantir uma disputa eleitoral justa. A média nacional para essa opinião é de 78%, mostrando uma preocupação similar em todo o país.
Entretanto, a confiança na democracia entre os potiguares é relativamente baixa. Apenas 61% afirmaram acreditar que a democracia é sempre a melhor forma de governo, um dos menores índices do Brasil, empatando com Roraima e superando apenas estados como Ceará e Maranhão.
Quando questionados sobre a dificuldade em identificar notícias falsas nas redes sociais, 59% dos potiguares consideram essa tarefa desafiadora. Esse percentual é superior à média nacional, que é de 50%, e coloca o estado entre aqueles que mais enfrentam dificuldades nesse aspecto.
Esses dados refletem não apenas a polarização política no Brasil, mas também a necessidade de um debate mais profundo sobre a educação midiática e a importância da informação verificada para a formação da opinião pública.