A poluição sonora em Natal tem se tornado um dos principais motivos de reclamações por parte da população, especialmente em regiões mais populosas da cidade como a Zona Norte, Zona Oeste e até mesmo bairros turísticos como Ponta Negra. Nos últimos meses, o incômodo causado por escapamentos adulterados de motocicletas e carros com som automotivo fora dos padrões aceitáveis levou as autoridades a tomarem medidas mais enérgicas. A realização da chamada Operação Sossego é um reflexo direto dessa necessidade urgente de reduzir os altos níveis de barulho que afetam não apenas o conforto da população, mas também a saúde pública. A poluição sonora em Natal está associada a estresse, distúrbios do sono, irritabilidade e até problemas cardíacos, principalmente em idosos e crianças, o que torna a questão ainda mais delicada e prioritária.
Recentemente, a Operação Sossego foi realizada em vários pontos da capital potiguar, com foco em motocicletas que circulavam com escapamentos adulterados, gerando ruídos acima do permitido pela legislação ambiental e de trânsito. Somente em uma das ações mais recentes, realizada na Zona Norte de Natal, doze motos foram apreendidas por irregularidades, a maioria relacionada à emissão de ruído excessivo. Dois condutores chegaram a ser detidos após tentarem fugir do local, sendo autuados por direção perigosa e adulteração veicular. A insistência de parte dos motociclistas em utilizar escapamentos abertos ou modificados tem sido um dos principais agravantes da poluição sonora em Natal, o que levou as autoridades a prometer mais rigor nas fiscalizações.
O combate à poluição sonora em Natal passa necessariamente pelo endurecimento das ações de fiscalização, mas também depende de medidas educativas e campanhas de conscientização. Muitos motociclistas alegam desconhecimento sobre os limites de emissão sonora permitidos ou sobre a ilegalidade dos escapamentos irregulares. No entanto, o Código de Trânsito Brasileiro é claro ao proibir qualquer alteração que aumente os níveis de barulho emitido por veículos automotores. A multa por esse tipo de infração é de quase duzentos reais, além da remoção do veículo para o pátio do Detran. A operação também conta com o apoio do Esquadrão Águia do CPRE, que atua de forma ostensiva nas ruas de Natal para coibir práticas perigosas e abusivas no trânsito, reforçando a luta contra a poluição sonora em Natal.
Os efeitos da poluição sonora em Natal vão além do desconforto imediato. A constante exposição a ruídos acima de 65 decibéis, padrão considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde, pode desencadear uma série de problemas de saúde, como ansiedade, perda auditiva progressiva e aumento da pressão arterial. Moradores de áreas com grande circulação de motos barulhentas relatam dificuldades para dormir, concentração prejudicada e até mesmo episódios de crise nervosa devido ao estresse acumulado. Isso tem levado muitos cidadãos a procurarem os canais oficiais da prefeitura e órgãos ambientais para registrar reclamações, o que motivou a intensificação das operações. A Semurb e a Delegacia do Meio Ambiente já atuam de forma integrada na tentativa de dar respostas mais rápidas à crescente poluição sonora em Natal.
Além das operações em campo, a Câmara Municipal de Natal está analisando projetos de lei que visam endurecer as regras contra os escapamentos barulhentos. Uma das propostas mais comentadas nos últimos dias é de autoria da vereadora Margarete Régia, que sugere proibir a comercialização e uso de escapamentos adulterados na cidade. Essa medida pretende combater a poluição sonora em Natal antes mesmo que ela comece, restringindo o acesso às peças que transformam motos comuns em verdadeiras fontes de ruído urbano. A proposta tem apoio de parte significativa da população, especialmente de moradores de áreas residenciais que sofrem com o barulho constante. A expectativa é que a lei, caso aprovada, complemente as ações da Polícia Militar e dos órgãos de fiscalização ambiental.
A participação da população tem sido fundamental para o combate à poluição sonora em Natal. A prefeitura, por meio da Semurb, disponibiliza canais de denúncia como o telefone da Ouvidoria, o e-mail institucional e o aplicativo Natal Digital. Já a Polícia Militar incentiva o uso do Disque Denúncia 181, onde é possível relatar casos de forma anônima. As denúncias ajudam as autoridades a mapear os pontos mais críticos e organizar ações pontuais e efetivas. A colaboração entre poder público e sociedade civil é essencial para reduzir os níveis alarmantes de poluição sonora em Natal e garantir que todos tenham direito ao sossego e bem-estar em suas comunidades.
O problema, no entanto, não se restringe às motocicletas. A poluição sonora em Natal também é causada por festas irregulares, bares sem isolamento acústico adequado e veículos com sistemas de som de alto impacto, conhecidos popularmente como paredões. Durante fins de semana e feriados, é comum o recebimento de dezenas de chamadas relacionadas a esse tipo de perturbação. A Semurb, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública e os fiscais da prefeitura, têm realizado operações noturnas em bares, casas de eventos e ruas com maior movimentação. A meta é coibir não apenas os barulhos indevidos, mas também verificar documentações e aplicar sanções administrativas quando necessário. Esse trabalho vem sendo elogiado por parte da população que sente os primeiros reflexos positivos da ação coordenada.
Com todos esses esforços, fica evidente que a luta contra a poluição sonora em Natal é uma batalha que exige constância, estratégia e, acima de tudo, colaboração. As motos barulhentas são apenas a face mais visível de um problema que é muito mais amplo e envolve questões urbanísticas, sociais, culturais e até mesmo de saúde pública. A cidade de Natal precisa equilibrar o seu crescimento com políticas que garantam a qualidade de vida para todos os seus habitantes. A redução da poluição sonora em Natal deve ser tratada como prioridade, pois está diretamente ligada à construção de uma cidade mais humana, justa e acolhedora. Com ações permanentes e legislações atualizadas, é possível transformar essa realidade e devolver à população o direito ao silêncio e ao descanso.
Autor: Ivan Kalashnikov