- Cirurgias fetais guiadas por imagem: o uso de câmeras e instrumentos ultrafinos permite intervenções com mínima invasividade, como em casos de mielomeningocele (espinha bífida aberta).
- Terapias genéticas e celulares: estudos recentes exploram a aplicação de terapias gênicas para corrigir mutações ainda no ambiente intrauterino.
- Uso de IA e robótica: tecnologias emergentes estão aprimorando o planejamento cirúrgico e reduzindo erros durante procedimentos fetoscópicos.
- Tratamentos intrauterinos de transfusão e drenagem: especialmente eficazes em condições como a anemia fetal e o acúmulo de líquido em cavidades fetais.
Segundo Thaline Neves, essa integração entre tecnologia e conhecimento clínico tem possibilitado intervenções cada vez mais precisas e seguras.

Quais doenças podem ser tratadas com terapias fetais intrauterinas?
As terapias fetais intrauterinas são indicadas para diversas condições detectadas durante o pré-natal. Entre as mais comuns estão:
- Síndrome da transfusão feto-fetal: tratada com laser para equilibrar o fluxo de sangue entre gêmeos.
- Mielomeningocele: fechamento cirúrgico intrauterino que reduz sequelas neurológicas após o nascimento.
- Anemia fetal grave: tratada com transfusões sanguíneas intrauterinas guiadas por ultrassom.
- Obstruções urinárias e pulmonares: que podem ser corrigidas com drenagens ou cateteres fetais.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos para a expansão das terapias fetais intrauterinas. A principal barreira é o acesso desigual a centros de referência, já que o número de profissionais capacitados e equipamentos adequados é limitado. A Dra. Thaline Neves ressalta que o futuro da medicina fetal depende da capacitação de equipes, do avanço da robótica médica e da democratização do acesso a essas tecnologias.
Quais são as perspectivas futuras da medicina fetal e das terapias intrauterinas?
As perspectivas para o futuro das terapias fetais intrauterinas são promissoras. Pesquisas em andamento exploram o uso de nanotecnologia, engenharia de tecidos e edição genética para tratar doenças congênitas de forma ainda mais precisa. De acordo com Thaline Neves, a medicina fetal está caminhando para um modelo mais integrado, onde tecnologia, empatia e precisão se unem para oferecer cuidados cada vez mais humanizados.
Em suma, as terapias fetais intrauterinas representam um dos maiores avanços da medicina moderna, transformando o conceito de cuidado pré-natal e ampliando as possibilidades de tratamento antes mesmo do nascimento. Os progressos em diagnóstico, técnicas cirúrgicas e inteligência artificial estão abrindo novas fronteiras para salvar vidas.
Autor: Ivan Kalashnikov


